sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pretoso, um gato muito culto!

Pretoso gostava de flores e plantas e enquanto trabalhava no jardim conversava com o Riacho Cantador que lhe ensinava as ciências que regiam a vida da Natureza.
Naturalmente o Grande Carvalho e a Dona Coruja entravam nestas conversas pois amavam aprender e amavam divagações de filosofia.
De tanto conversar, Pretoso aprendeu a ler e fez uma grande estante de madeira para guardar seus livros.

Como ele vivia numa Floresta Mágica, ele nem precisava comprar livros. Bastava visitar Dona Coruja que lhe dava duplicatas tiradas não se sabe de onde.
Leu o livro "Os Três Mosqueteiros e passou um tempo brincando com espadas de galhos e até pediu a Dona Aranha Carrancuda que fizesse uma capa para ele e ainda dormia sonhando que era D'Artagnan.
Quando leu "O Pequeno Príncipe" maravilhou-se com a rosa vermelha que o Príncipe cultivava e meditou muito sobre por que o menino amava tanto uma rosa que era igual a tantas outras.
Decidiu descobrir se ele também poderia amar uma rosa assim.
Pretoso foi ao bosque das rosas e pediu à Rainha das Rosas que lhe desse  um filhote de roseira, explicando o que lera no livro e dizendo que queria ele mesmo experimentar este sentimento.
A Rainha das Rosas disse a ele:
      " Para você ter uma flor, é preciso cuidar da sua flor e abrir seu coração para amá-la"!


Depois a Rainha das Rosas bateu palmas delicadamente e duas princesinhas rosadas foram buscar a nova roseira para o gatinho.
Pretoso recebeu aquela pequena roseira como se recebesse um bebê; abraçando delicadamente levou sua planta para o jardim onde já tinha preparado o lugar da sua roseira.

Mas Pretoso lembrou-se das formigas que gostam de comer as plantas.
Nervoso ele foi falar com a Rainha das Formigas e pediu que tomasse conta das suas formiguinhas e nunca deixasse que elas comessem sua roseira.
A Rainha das Formigas prometeu que as formiguinhas nunca iriam comer as folhas da roseira de Pretoso e saiu balançando o quadril!

Pretoso cuidou com amor da sua planta. Todo dia olhava para ela, molhava com cuidado, falava e cantava para a plantinha.

Até que um dia, ao olhar pela janela ele viu; sua roseira estava florida,
tinha tantas rosas, todas vermelhinhas. Parecia a ele que elas sorriam felizes.

E não é que sorriam mesmo?

Pretoso ficou tão feliz e entendeu por que o Pequeno Príncipe
amava tanto a rosa dele que era vermelha igual a milhares de
outras e era tão única para ele.

Pretoso cuidava de sua roseira todos os dias e a cada dia ele
se alegrava quando via as rosas balançando as pétalas para que as fadinhas que ali se escondiam saíssem voando.

Pretoso entendeu que cuidar de uma planta, vê-la crescer e
florescer era um ato de amor à natureza e, embora ele tivesse
um grande jardim que cuidava todas as manhãs, aquela roseira era especial e única para ele.

A Rainha das Rosas tinha até um ciuminho porque Pretoso achava sua rosa vermelha mais linda e perfumada do que todas as outras. Era a rosa dele.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário: